DID SOMETHING REALLY WILD
30 novembro, 2010
Pam! por Ephram em 23:10NANOWRIMO 2010
Pam! por Ephram em 21:17Author, on November 1 you accepted our challenge to write a novel in 30 days. Harnessed with a hard deadline, you persevered in the face of countless obstacles. You wrote with determination, you quieted that inner critic, and now you've reached the hallowed Winner's Circle.
We couldn't be more proud of your amazing accomplishment! Thank you for joining us on this outrageously creative adventure—we'll see you next November for more. And we hope you'll join us in April for Script Frenzy, too.
Before you go celebrate, we have some very special NaNoWriMo Winner Goodies for you. There are two paths to collecting them. We hope that NaNoWriMo meant enough to you that you will take a moment now and make a tax-deductible donation to help ensure that NaNoWriMo and the Young Writers Program are fully enabled for 2011! (If you've already donated, thank you so much for your contribution!)
Vou guardar esta sms no coração
27 novembro, 2010
Pam! por Ephram em 18:06Its our little dark place.
Pam! por Ephram em 00:57O melhor sentimento do mundo é este
23 novembro, 2010
Pam! por Ephram em 23:54Acho interessante
22 novembro, 2010
Pam! por Ephram em 02:08Nanowrimo
21 novembro, 2010
Pam! por Ephram em 16:08Capítulo X
Harry Potter e Eu
A memória é uma coisa engraçada. Há momentos de vida que me passam completamente ao lado e que nem sei que passei e há outros que estão tão coloridos como no dia em que foram pintadas. Um bom exemplo disso, é a morte da minha avó. Lembro-me tão bem desse dia. De como passei o dia inteiro a saber que qualquer coisa estava errada. Qualquer coisa não estava como deveria estar.
Lembro-me de dormitar sem sono e ter um aperto no peito. Lembro de ver a Morte a olhar para mim. Algumas horas depois a mãe chegou e disse-me “A tua avó morreu, meu filho.”
E qualquer coisa morreu com ela também nesse instante de dor, como uma lança que atravessa o peito e rebenta com tudo o que temos cá dentro. E qualquer coisa partiu, quebrada, nunca mais recomposta, nunca mais vista. Lembro de ter os olhos em lágrimas e a minha mãe pentear-me o cabelo com força. Lembro de ela chorar também e o resto dos dias passarem assim, em choros.
Lembro-me de chegar o meu pai e eu ter que ser forte. De não chorar ao pé dele, de não lhe dizer nada. Lembro dele com a cara de quem tem um problema chato para resolver. Lembro-me dele vagamente triste. E eu com o coração a explodir de emoções sem ter ninguém para conversar comigo. Morreu, acabou, não dá mais. Game Over Over. Já não há vidas extra. Não há escapes.
“Não podes ir ao funeral. É uma coisa muito pesada e tu és só um rapazinho. Não queiras ir e se te convidarem recusa. Não entres no carro da tua tia se ela pedir. Não penses nisso sequer”- dizia-me a minha mãe. Mas o que era aquilo tudo? O que era forte? O que é que era pesado?
O que é que eu não podia suportar mais se já me tinham levado quase tudo o que tinha? O telefone tocou alguns dias depois.
“Está lá, Ana? Olha é a Manuela. Diz-me uma coisa não posso levar o rapaz ao cinema? Acho que lhe vai fazer muito bem. Ele anda tão triste, tão chateado. Saiu um filme engraçado para crianças.”
O filme era o Harry Potter a Pedra Filosofal. E a vida tinha renascido. RESTART para mim. Restart.
E em Lisboa, via-se por aquela altura posters do novo filme, a última aventura dividida em duas partes, para contar mais da história e ganhar mais alguns milhões. É como que o fim de parte da minha vida, qualquer coisa que se acaba aqui, talvez a minha adolescência mais infantil. Talvez ande a tornar-me naquele homem que todos me contavam que ia ser.
E é muito estranho. É estranho estar aqui, nesta etapa de vida, é estranho estar em Lisboa e ter não só uma casa, mas um lar. Morava em Faro e a minha vida era aquilo. Odiava a minha casa, odiava as minhas rotinas rotineiras e aborrecidas, odiava a falta de aventuras e estímulo e cá estou eu neste novo universo, nesta nova vida. A cometer os meus erros, a dar passos errados mas sempre a descobrir e a aprender qualquer nova, qualquer coisa de diferente.
(...)