Outra vez

17 janeiro, 2013

Assaltado.
E dói como se tivessem morto.
Talvez tenham mesmo. Talvez já estivesse.
Para o caralho com a vida.

Lisboa 2013

13 janeiro, 2013


Chegar a Lisboa, depois de tanto tempo afastado dá nisto. É o castigo de me ter afastado, quando chega os acontecimentos estão todos empilhados. Uma despedida duma amiga, o aniversário de outra, momentos importantes. Não gosto de perder o passar da história.
Duas saídas até aos inícios do dia, carregadas de álcool, tabaco, sorrisos, música, livros, pessoas novas e encontros novos. Fez-me lembrar que um sítio nunca está esgotado de possibilidades.
Este ano não está a começar mal.

Toda a gente tem sarampo.

08 janeiro, 2013

Hoje tive um pensamento. Os génios da nossa geração já estão escolhidos. Os escritores, os actores, os artistas, as próximas socialites, os políticos, os músicos.
E eu aqui. Não criei nada antes de ter 20 anos. Não alcancei nada antes dos 20 anos...e o tempo continua e nada de novo surge.

Espero que haja sempre espaço na loucura.

Uma lição esquecida

03 janeiro, 2013

Nas dores do coração, às vezes pensar com lógica ajuda.
Eu, louco, sempre louco, sempre nas loucuras, sempre desvairado, sempre a pairar. Mas é possível fazer alguma coisa. É sempre possível.
E eu vou fazer.

364 dias para o ano acabar

01 janeiro, 2013

Por esta altura estou habituado a estes registos de vivência. Estes momentos de aniquilação interior, estes monstros agarrados que não desaparecem. O cansaço domina a minha mente, o meu coração. O meu espírito, seco com uma mata depois de um incêndio, vai sobrevivendo a pão e a água. Que veneno este que é viver. Que cruz é esta tão carregada que nunca para de pesar?
Ando há meses assim. Sem poder estar sozinho, sem poder estar com os meus pensamentos, os meus pensamentos cercam-me...e as vozes são intoleráveis. As vozes não vêm de lado nenhum, não sou, até agora, um doente mental. As vozes são as responsabilidades, as expectativas, coisas minhas e dos outros que não consigo aguentar.
Eu não sei como vou sobreviver a este ano. E isso é a mais pura das verdades. Eu não sei como vou resolver metade dos problemas que me meti, não sei como vou escapar desta sepultura que tão habilmente cavei para mim mesmo.
O pior é não poder contar comigo mesmo. O instinto de sobrevivência morreu em mim. Sou uma alma penada neste mundo.
Até quando?