"És abandonado por uns, encontrado por outros"

31 julho, 2011

Hoje, pensei muito sobre a vida em geral. Sim, não há realmente nenhuma novidade em relação a isso, mas enquanto subia sozinho pelo Chiado à procura de pessoas do tumblr e se estavam perdidas ou não, encontrei um homem a tocar um instrumento de madeira. "Estou a juntar € para arranjar o meu verdadeiro saxofone". E com isto comecei a pensar de como seria fácil, juntar fosse o que fosse para um verdadeiro amor, uma verdadeira relação, uma verdadeira confiança, uma verdadeira personalidade.
Não era tão porreiro poder ir para a rua e dizer: quero arranjar a minha vida. Ajudam-me? Talvez verdadeiras certezas não existam e lidar com algum tipo de insegurança seja normal. Talvez até nunca ter uma verdadeira certeza seja uma certeza em si. Who Knows? Mas seria mesmo tão mais fácil...
E de qualquer forma, eu pergunto-me como será a vida nos próximos tempos? O verão ainda deve guardar algumas surpresas (nem todas boas certamente) e o inverno trás a promessa de algo novo, um mundo completamente diferente que também terá as suas desvantagens. Estou a juntar respostas para as minhas crises existenciais. Pode contribuir?
Quantas coisas vou eu perder? Quanto de Portugal e do viver aqui eu poderia ter aproveitado? I don't know.
Às vezes no escuro, quando me lembro que os outros me chamam de maluco inconsequente,até eu acredito...

Tango das Mulheres Loucas

28 julho, 2011

Dizem que quando o vento sueste se levanta, todos os loucos ficam mais inquietos. Sentir o vento, faz com que os ânimos - e não só as coisas - se levantem. Assim, os loucos correm soltos, sem dono nem destino ou razão que os guie.
É como um dança sem qualquer tipo de ritmo ou coreografia. Um Tango embrutecido de mulheres que o destino defraudou sem compaixão e que vivem amaldiçoadas com uma loucura que não é doença...
Vivi muitos anos ao sabor desde tango, sempre no compasso errado, sempre com o movimento desapropriado e sempre a sofrer na pele o representar dum papel que não me assentava - tão somente pela razão de eu não ser um homem louco nem o querer ser.
E, no meio deste baile de horrores, havia um nome que me continuava a atormentar.
Ana. Ana. Ana.
Com estas três mulheres tentei dançar até me sangrarem os pés e a minha alma desfiada em farrapos continua a embalá-las mesmo depois de tudo.
O último desfecho foi há pouco tempo. Talvez um fechar de um ciclo de três mulheres chamadas Ana que chegaram a coexistir no mesmo reino. Será o fim?
Uma coisa é certa, o vento sueste soprará outra vez e o tango recomeçará. Talvez porém eu esteja já noutras danças. Mais organizadas, com um melhor compasso. E talvez o Tango das Mulheres Loucas seja já memória de outros dias mais complicados.

Oi. Ligou para o número sexual da Cândida.

Foi um grande aniversário bitches.
It's so good we have each other <3

FAT

24 julho, 2011

Obviamente já engordei, engordo sempre no verão, mas não tinha reparado (e normalmente reparo sempre nisso).
Foi o teatro, foi o andar dum lado para o outro, foi o descuido. E agora?
Só gostava que as pessoas fossem um bocadinho mais simpáticas em relação a isso.
De qualquer forma, em menos de nada eu perco isto tudo.

Em Lisboa estava sufocado, aqui não tenho ar para respirar

19 julho, 2011

Vivi em Lisboa um bocadinho atordoado. Não me sentia tão bem quanto gostaria no sítio em que dormia e esse era o único problema.
Entretanto venho para cá e aqui, parece que os sonhos morrem antes de nascer, e eu nunca poderei ser nada!
Mas vou tentando lutar contra isso e entretanto comprei uma mala a 10 euros e um relógio todo pimpão da swatch. Bam!

Harry Potter - Always

18 julho, 2011

Ainda me lembro quando pensava que tudo valia a pena pelo último livro, pelo último filme, pelo último momento.
E agora, tudo aconteceu. Fui ver o último filme e fiquei assim, desamparado, abandonado, como se um amigo meu tivesse feito uma viagem sem regresso.
A dor há de passar, passa sempre. Mas, um romance de 10 anos é mais do que posso dizer das minhas relações de amor - e não sei o que sentir.
A não ser o vazio. O silêncio. A angústia de saber que não há mais nada (há um parque e um website, mas são migalhas de amor comparado com as ondas de paixão que tive)
Se bem que, pensando bem, agora anseio por ter os livros na minha prateleira com o passar do tempo, e ir buscá-los e pensar nas minhas aventuras de criança. E, se o tempo chegar e a pessoa certa também, mostrar aos meus filhos e passar a minha herança mais preciosa - o prazer de ler e ficar envolvido por um mundo de palavras que descrevem sítios mágicos, bichos mirabolantes e personagens que gostávamos que fossem reais, pessoas a quem pudéssemos mandar e-mail, telefonar e perguntar pela vida.
Os meus filhos...a lerem harry potter e a sonharem e a rir. Nós a vermos os filmes juntos. O tio Ricardo a passar por casa e trazer pipocas e a chorar a ver o entusiasmo deles. Meu Deus, o futuro! O futuro apesar de tudo ainda nos aguarda.
"Nada se perde, tudo se transforma".

A Peça

14 julho, 2011

Um dia, disseram-me que a Felicidade é tão pequenina que cabe só nos menores momentos. Naqueles em nem nos damos conta que estamos a ser felizes. Seja num carro a sonhar e a cantar músicas, seja numa esplanada a fumar um cigarro e falar da vida.
Ou então, naquele último momento do espectáculo, em que a cortina abre, há aplausos e o coração enche-se de uma alegria imensa, os olhos carregam as lágrimas e o esforço é todo recompensado. Viver para o aplauso pode ser ingrato, mas quando corre bem...
E hoje, tudo esses momentos soltos de felicidade aconteceram.
Estou sereno, mas diferente.
E a peça foi linda, os meus momentos foram bonitos e gostei de me sentir em palco, sem medos, só nervos, sem pensar nos outros, só em mim.
Euforia de representar...
Teatro uma vez...Teatro para sempre!

Is there anyone that really cares? CHECK

11 julho, 2011

Sentir-me desejado e querido pelos meus amigos ainda é uma sensação incrível.
Estar com eles, divertir-me, fazer parte e ser importante. Convidar e ser convidado, amar e ser amado. Haverá alguma coisa melhor que um dia com aqueles amigos? Aqueles amigos em que tudo é bom, todos os momentos são giros, todas os dias são bem passados.
E, agora, reparo que sim. Sim, tenho mesmo esses amigos e vieram de tantos sítios e são tão diferentes entre sim, mas amam-me tanto como eu os amo. Tenho o grupo da faculdade, o grupo lisboeta, o grupo lisboeta da nova, o grupo algarvio em Lisboa, o grupo algarvio no algarve... Fazem-me feliz.E isso ilumina mesmo o meu dia. Sei que nunca mais volto a passar por aqueles períodos conturbados de pensamentos negros de morte. Ainda está lá sempre como uma ferida que nunca passa - mas eu continuo a lutar e esqueço me mais do que me lembro. E isso é a verdadeira alegria de viver.

"Tudo Acaba"

07 julho, 2011

Eu estava no meio do metro da baixa, e queria ir para segunda a saída, uma que liga com a baixa e não com o Chiado. Entretanto, por algum motivo e sem pensar fiz o meu caminho de costume e quando cheguei às escadas rolantes percebi a asneira, mas decidi que não valia a pena voltar para trás e já que estava ali, era suposto eu ir em frente. Ao descer o Chiado, encontro um carro com a matrícula EG e eu gosto de pensar que aquilo quer dizer que era suposto eu estar naquele sítio, naquele momento.
Fui sempre descendo a rua, olhando para as montras, a ouvir o meu Mp3, ainda parei uns segundos a olhar para uns coelhos e reparei numa pessoa que conhecia, mas que já não via há muito tempo.
Pensei durante uns milésimos de segundo em quem seria. Fiquei confuso. Era suposto eu saber, certo? Quando me atingiu ainda estava meio confuso. Mas não foi mau, nem estranho, um bocadinho desconfortável está certo, mas não doeu. Foi só estranho e isso parece-me bem. Quanto menos estranho passar a ser, menos doloroso, mais fácil será eu seguir com a minha vida e isso é qualquer coisa de valor.
Entretanto, pela cidade fora publicita-se o fim de Harry Potter. "Tudo Acaba 14/7". Foi há 10 anos que a minha tia-prima (filha da minha tia-avó, quase irmã do meu pai) me levou para ver o filme. Nessa altura a minha avó tinha morrido há pouco tempo e não queriam que eu ficasse traumatizado. O primeiro livro que recebi foi o Cálice de Fogo. Depois, a minha avó mandou os três primeiros, e o resto fui comprando já sozinho. Foi um caminho longo de Harry Potter. Chorei, Ri e sonhei a ler os livros e a ver os filmes. Apaixonei-me pela Hermione/Emma Watson. Chorei pelo Dobby. Ainda consegui ter um quase love affair que começou por Harry Potter e que como acabou mal, desejei que nunca tivesse existido o HP. A história com a Beatriz acabou por ser bonita pelo menos num aspecto, e tento agarrar-me a isso como se não houvesse amanhã.
E agora vai acabar. Não há mais filmes, nem mais livros - há novidades, sim claro, mas...já nada é a mesma coisa. E sentir que os filmes vão acabar é como sentir que a minha infância acabou mesmo, é o adeus final de um tempo conturbado. Não sou mais a criança que fui durante tanto tempo, já não estudo no Colégio Algarve, já não falo alemão na Escola Dom Afonso III, já não me dou com a mAna Martins. Meu Deus. Tanta História, Tanta Vida.
Pelo menos, vivi tudo, senti tudo e agora que me vou embora - sinto-me, pelo menos em parte, preparado para novas coisas, novas aventuras. Ainda tenho o mundo todo por descobrir e agora que comecei a crescer a evoluir tão depressa, não quero que acabe nunca mais!
Deus. Daqui a 10 anos, como será a minha vida?
Não preciso de saber. Por ora, quero só tentar fazer a melhor limonada com os limões que me dão.

Sonhar contigo

05 julho, 2011

Sonhar contigo já foi mais frequente. Antigamente era sempre, todos os dias a todas horas, sonhar acordado - estar contigo como nunca estive.
E esta noite, voltei a sonhar. Voltei a sentir-me bem nos teus braços e a sentir-me bem com o teu amor.
Damm me, needy me.
Se me desses migalhas de amor, por mais pequeninas que fossem...eu agarrava-as logo!