Glasgow Effect

25 maio, 2014

Comprei uma refeição com o meu cartāo de débito. O meu quarto está verdadeiramente uma miséria. A minha casa está uma merda.
Vida Moderna.

Um dia infinito em Londres

20 maio, 2014

Um dia vi um filme com uma teoria interessante. Diziam que a vida depois da morte era sempre céu e que cada um tinha o seu próprio pedaço de paz.
Nunca mais me abandonou esse sentimento, essa ideia que depois de tudo poderia gozar a não existência da forma que quisesse.
Nessa altura lembrei que gostaria que o meu espaço fosse um parque. Um daqueles onde as horas não passam, as crianças brincam no jardim, alguém vende pipocas e o amanhã interessa pouco. Gosto desse sentimento de inocência ao sol. Uma magia que poucos se apercebem e todos gozam a certa altura.

Ganhei uma nova ideia neste fim de semana. O meu céu hoje seria um dia ao sol infinito em Londres. Estou a usar aqueles sapatos que o João encontrou, sinto me bonito, sinto me em paz. As pessoas andam à nossa volta anonimamente, mas faço parte da vida delas, como elas fazem da minha. Há coisas a acontecer,  o Big Ben toca ao longe e consigo ver os arranha céus estendidos com quem quer tocar no dedo de Deus.

A vida à minha volta, parada no tempo. Os autocarros vermelhos andam. Os carros andam no lado contrário da estrada. As pessoas têm pressa. Mas a minha vida está parada e eu sinto-me bem. Não há nada mais à volta. Mando alguns postais, mando sempre. como se por mandar os postais as pessoas estivessem comigo.

Bebo uma bica. É inglesa... mas não importa.
Este é o meu céu.

Ferramentas

19 maio, 2014

Acho sempre que quando vieram as ferramentas vem a vontade, a criatividade, a magia. Acho sempre que miraculosamente vou ter mais tempo, mais energia. Nunca acontece. Nāo se vai longe sem um martelo, mas ter um nāo significa ser construtor.