Qual é a coisa, que quando dizes o seu nome desaparece?

27 junho, 2011

O silêncio. E já que é o centésimo post deste blogue neste ano...
Acho que se adequa perfeitamente falar do silêncio - a ausência de som, a ausência de comunicação, a ausência de vida, o não estar, o não saber.
Há um tipo de silêncio nas amizades muito especial. Um tipo de silêncio forçado, que dói mais do que qualquer discussão, qualquer porrada, qualquer insulto. É a pior arma e a mais eficaz delas todas, depois de usada as coisas nunca mais ficam na mesma.

Faça-se então silêncio que eu não consigo agir de outra forma.

Leaving Lisbon July 14th

25 junho, 2011


Estou a precisar do Algarve.
Ontem fui à HM e foi a loucura total. Comprei outro casaco, duas t-shirts lindas (riscas e John Lennon) e tudo a 20 euros. Depois disso fui para a Fnac, comprei um livro em italiano do Umberto Eco e um dicionário de italiano.
ENTRAR EM MODO FÉRIAS.

(Falta só o parvo exame de economia....)

Directas, Directas e mais Directas

22 junho, 2011

Aparentemente, organização é uma coisa priceless e eu que o diga. Andei nas últimas semanas mais morto-vivo que outra coisa qualquer. De repente, aparecem estas frequências e estes trabalhos todos que estavam marcados há meses para o dia seguinte. Se houve qualquer coisa que aprendi neste ano, foi isto: é melhor começar a fazer qualquer coisa logo de início e evitar horas e horas perdidas em noites escuras.
Ando a comer mal, a dormir mal, e a viver mal.
Mas, depois há coisas boas.
Eu sei que me farto de falar sobre isto, mas ainda é entusiasmante pensar que vou para Milão morar um ano - porque simplesmente me vejo a contar um dia que estive e que vivi em Milão e que fui feliz lá. Sou um contador de histórias, acho que todos os escritores o são e dá me gozo conhecer mundos novos.
E há o teatro. Uma coisa que sempre gostei de fazer, desde pequeno e que me está a dar o maior gozo de sempre. E (agora vou-me fazer de convencido) tal como sempre aconteceu eu vou ser protagonista e Estrela Principal e sempre um bocado por acidente. Bolas, como me dá gozo actuar e estar em cima de um palco. Os nervos são mais que muitos, os suores pelo corpo dão cabo de tudo mas aquela sensação quente na barriga com os aplausos...Acaba sempre tudo em 10 minutos e leva sempre 10 anos para fazer...
Tenho estado cansado, esfomeado, mal vestido e gordo mas têm sido dias bons. (ainda ontem estava eu na tomada de posse a tirar uma foto com os homens da luta, mas estou tão feio na foto, tão feio, mas tão feio... que nunca me arriscaria a publicar tal coisa no meu singelo yet wonderful blogue)

Qu'est-ce que tu ferais si je meurs aujourd'hui? Je mourrais demain.

19 junho, 2011


Então é assim. Ainda ontem estava a dizer que há filmes bonitos mas que não nos mudam a vida. Este ainda é cedo para dizer se mudou, mas basicamente
1-abriu me coração
2-cortou-mo em pedaçinhos
3-jogou pela janela
4-fez-me voltar a por lá dentro para recomeçar todo o processo.

"Reblog if you're no longer friends with someone who you once called your best friend."

No longer...
Tinha uma rapariga, lá na primária e até ao 6º ano de quem dizia gostar. Ela chama-se Inês P. Eu gostava mesmo muito dela, ela vestia camisolas de lã Gap, era bonita, era inteligente, boa a inglês, perfeita em quase tudo.
O grupo dela de amigos era de elite. O nuno, o tiago, a rita, a marta, a beatriz...Tinham um clube exclusivo chamado "Clube dos Amigos" e ela era a presidente. E eu queria pertencer a esse grupo, mas ninguém gostava muito de mim porque eu era gordo, usava calças de fato treino do paga pouco e gostava da escola.
Durante os anos de colégio, houve festas de aniversário, cinemas e saídas e nunca fui convidado para nada. Não tinha muitos amigos, aliás não tinha amigos de todo e os professores tinham pena de mim. Eu sentia isso.
Irritava-me muito com as coisas. Chorava muito. Ia para a casa-de-banho chorar horas e horas e hoje em dia, já conto muitas horas em casas de banho a chorar. Era grande para a idade e irritado. Toda a gente me conhecia e pisava.
Certa vez, comprei-lhe um presente de dia dos namorados. Um peluche, um peluche grande da loja. Não era de marca, mas era macio e bonito. Ela levou-o para casa, mas depois devolveu e pôs num saco preto junto ao lixo. A Vitória acabou por ficar com ele (a vitória foi a primeira rapariga que vi nua, numa situação que prefiro não lembrar) mas o meu coração já estava despedaçado.
As coisas mudaram muito depois disso.
Nas últimas doses de Colégio, comecei a revoltar-me e a criar uma personalidade que viria a descobrir anos depois no 11º ano. Revoltei-me contra o seu império.
Antes de uma visita de estudo, disse-lhe tudo o que pensava. Que ela não era ninguém, que ela empurrava a Marta para todo o lado e não tinha amigos nenhuns. Ela ainda disse que era melhor do que ter um rabo enorme, mas eu nem lhe respondi e toda a gente ficou contente.
Depois, aí sim os convites vieram. Tornei me eu Presidente do Clube dos Amigos, ou em parte, porque aquilo já não era a mesma coisa. E as pessoas passaram a gostar de mim, de facto.

E isto tudo porque me lembrei que há amizades assim, que nem o chegam a ser, mas que no fundo nos ensinaram muita coisa da vida...
E que já estive muito mal por causa dos meus amigos e sempre me levantei.
Eu nem sou mau de todo, diga-se...

Encontros Imediatos de 3º Grau

16 junho, 2011

Nessa noite tinha estado no teu "facebook" a ver as tuas fotos e a pensar em ti. Tinhas fotos bonitas e suspirei, fui estudar Sociologia - que correu mal como a porra - e continuei com a minha vida de sempre.
Era uma manhã como outra qualquer, outra directa, o peso do mundo em cima, os olhos a fechar em cada momento, cansaço, sempre muito cansaço no início do dia. A fila era enorme para entrar no autocarro, parecia-me milhares de pessoas juntinhas ali à espera do 723 como quem espera o transporte para o céu...
Não era suposto eu ter tido lugar, não era suposto ter ido lá para trás e depois de tudo o que não era suposto acontecer, eu vi-te. Respirei fundo, foquei o olhar na minha amiga e senti um toque na perna.
Outro e outro e mais outro e por fim não podia mais ignorar. Virei-me para trás e eras tu. Com a mesma beleza de sempre, a voz forte de sempre, com aquela alma que me sugava os sentidos, a razão e eu mesmo. Sempre tu.
E naquele momento, todas as memórias que sempre tive a boiar em mim, fugiram descontroladas, suava das mãos, tremia-me o pensamento. Falei com a minha amiga, falei e falei e ouvia a tua voz e só queria virar-me para ti e dizer: Amo-te como nunca amei ninguém.
Merda.
Volto sempre a ti, ao sonho que idealizei que tu és, às palavras que imaginei que me dizias ao ouvido, ao abraço que me vais dar - sim, outra vez naquele jardim - a um outro verão passado juntos...Talvez não seja muito saudável, mas pensar em ti, pensar que podias vir a qualquer momento ajudou-me a passar tanta coisa. Sofri em silêncio, carregando no meu sorriso ensurdecedor a tua memória.
E no fim, disse-te adeus como se nem sequer tivesse mais lembrado de ti durante a viagem, quando todas as minhas células fracas, obesas e completamente apaixonadas por ti, só conseguiram imaginar nós dois juntos noutro mundo qualquer.
Nunca consigo ultrapassar um amor...

Hoje vou arrumar o meu quarto

09 junho, 2011

Há qualquer coisa a acontecer.
Por isso vou arrumar o quarto e esquecer me dela.

Olá, o meu nome é Ephram e sou oficialmente do Ensino Superior.

08 junho, 2011

Quem me conhece sabe que sou preocupado com as notas, aulas e professores, mas que estudo pouco, deixo trabalhos para a última e deixo as coisas correm livres leves e soltas.
Assim andei na maior parte deste ano, com um dois "stresses" mas nada de mais, nada que tirasse o sono.
Por estas semanas já foram 3 directas a fazer trabalhos toda a noite (mea culpa, mea culpa), horas num site italiano à procura de informação que depois estava toda errada, eventualmente dormir em horas pouco apropriadas e chegar atrasado a compromissos/aulas.
Nunca me tinha custado tanto estar no Ensino Superior e nunca na minha vida me lembro de perder uma noite inteira com um trabalho.
No secundário perdi algumas horas, mas as 3 já roncava na minha cama...Outras vidas.
De qualquer modo está me a dar um certo gozo, gosto dos meus trabalhos e sinto que estou a aprender e a evoluir...Espero que em Itália também aconteça o mesmo.
E as horas vão passando...

O Eurico

02 junho, 2011

O Eurico é um rapaz engraçado. Quer dizer não é bem engraçado, é esquisito. Quando era pequeno, inventava muitas coisas. Mentia muito aos amigos porque tudo o que ele fazia nos fins de semana era ficar em casa e ver televisão e os outros meninos iam com os pais ver filmes, comprar roupa e viajar. Habitou-se a mentir tão bem como a trocar de roupa, a prender as lágrimas na ponta dos olhos, sempre, tantas vezes. Durante anos esteve assim, com as lágrimas presas. Não queria ser fraco ao lado dos outros que eram bonitos, magros e perfeitinhos que tinham relações de amor que duravam 15 minutos. E mesmo sabendo o Eurico o quão ridículo isso era, o Eurico só queria que aquele bocado de nada acontecesse para se sentir um bocadinho melhor naquele mundo que vivia. O Eurico cresceu. Conheceu outras pessoas, viveu outras coisas. Ainda não encontrou bem o amor, mas o Eurico é assim - ainda não sabe o que o Amor é. Às vezes ainda sente as lágrimas presas e às vezes chora quando vê publicidade. Sim, porque ele quando era pequeno chorava pelos senhores que vendiam pipocas, pela senhora que entregava revistas na rua porque achava que tinham um ar triste e mãe do Eurico nunca era simpática. Sim, isso às vezes ainda chora quando vê publicidade. Mas é um rapaz crescido e agora anda na faculdade e vai beber café a sítios bonitos. Mas quando pensa na criança que era...tem vontade de voltar atrás no tempo e abraçá-la muito, com força. Às vezes, pensa o Eurico, todos os problemas do mundo se podem resolver com um abraço. Mas o que é que o Eurico sabe? O Eurico é um rapaz estranho...

Feliz Aniversário minha querida,

01 junho, 2011

Feliz Aniversário.
Hoje mais do que tudo, é um dia bom na minha vida. Andei muito tempo à procura duma pessoa como tu. Uma amiga assim, que percebesse o que sinto quando nem eu próprio sei. Uma amiga que me guiasse e chamasse de irmão mais novo. Uma amiga como tu.
Nem sempre fácil manter os laços que criam. A vida enrola, vamos para sítios distantes, mas aquela dor no coração fica. Podes crer, e podes crer mesmo, que desde que te foste embora tenho saudades tuas todos os dias. Tenho saudades do nosso cantinho onde fumávamos e nos queixámos da vida iscspiana, tenho saudades de te ver com aquele iogurte.
Há almas, (como a Cat, eu e tu) que são Old Soles. Temos cicatrizes, cortes, os joelhos negros ensanguentados...mas ninguém repara, ninguém vê. Só nós é que sabemos, só nós sentimos e vemos as nossas solidões.
E tu vês-me.
E eu vejo-te.
E olha, quero manter isto!
Desejo-te o melhor do mundo e quero que fique tudo bem contigo.
Conta comigo para o que for preciso!
I'll be here.