Os Jantares da Destruição.

14 outubro, 2012

Escrevo sob uma influência. O corpo envenenado de álcool, tabaco e noite. Porém, a mente está sóbria. Consciente. Certa de si. Certa dos seus limites e das suas possibilidades.
Hoje, foi uma noite de revelações. Enquanto caminhava por Benfica, a minha nova casa pensava em como a vida sempre me tem dado confirmações. Confirmações que estava a fazer as coisas certas, no momento certo. Estas confirmações, porém, só surgiram mais tarde. Mas, apareceram.
É por isso que digo, com naturalidade e sem prepotência, sou um viajante. Mas não sou um naufrago. Ando à deriva das ondas do mar. Mas não estou perdido. Não sou uma pessoa perdida...Mesmo que o sinta.
Tudo na minha vida tem um horário. Um horário que eu defini há um longo tempo. Uma certa relação de coisas, objectivos, pessoas, conversas e mesmo jantares. Eu defini esta vivência.
Diz a minha mão (com as devidas reticências) que sou um pessoa de linhas certas.Gosto de acreditar nisso.
Gosto de acreditar em mim. Sobretudo, gosto de gostar de estar aqui.
Vivendo.
Aprendendo.
Seguindo em frente.

Lisboas

01 outubro, 2012

Lisboas do tempo, dos amigos, dos desesperos, das noitadas, das preocupações. Lisboa da loiça que fica por lavar. Lisboa da casa desmazelada e da banana roubada.
Há tanta coisa a acontecer ultimamente, há tanto confronto diário, há tanta bela história para ouvir. Há tanto chão onde dormir!
Aqui, com a Bloom a chiar baixinho na cozinha, o motor do computador a aquecer com o helicóptero e quase a chegar à uma da manhã, é fácil sentir-me perdido nisto tudo. É fácil sentir que estou a perder o rumo, se é que há um rumo.
Não sei. Não sei de nada.
E é assim que a vida é, aparentemente. Um cigarro ao frio.