Amanhã

26 dezembro, 2013

Amanhã a esta hora vou estar a dormir no Reino Unido.
E não podia estar mais feliz.

Certezas

13 dezembro, 2013

Há uma série de coisas que estou habituado a carregar há muito tempo. Amores, ressentimentos, medos,...tudo dores, umas maiores que outras. 
E é sempre bom ver que vou deixando cair algumas coisas. Não é nada fácil ter que fingir ou ter que calar parte daquilo que sou. Não é fácil ter que andar sempre com medo que alguém repare que eu não sou normal.
Quase a ir para a Escócia morar, quase a entrar no novo mundo com a expectativa de nunca mais voltar...aquilo que antes me deixava triste, alegra-me.
Eu sou gay.
E não preciso de sofrer mais por causa disso.


“The speed of the world doesn't stop just because of what you're going through."

10 novembro, 2013

Queria escrever qualquer coisa. Não consigo.
Frustrado contigo, com ela, comigo.
Até quando?

Caneta versus Vida

20 outubro, 2013

Escrever. Sempre Escrever. 
A minha mãe ligou-me a pedir me que escreva. Que fale sobre tudo o que está a acontecer aqui, sobre tudo aquilo que penso e vejo.
A minha mentora aqui disse-me o mesmo.
Mas não é fácil. A Roménia tem os seus encantos, mas a verdade é que nos encontrámos num ponto muito estranho da minha vida. Estou numa pausa. Estou a preparar o meu futuro, a decidir como resolver os erros de antes e como evitá-los no depois. Estou a crescer, sim, outra vez a crescer. Mas desta vez, não pode ser ao acaso. Eu tenho que me perceber, tenho que perceber o que quero fazer e perceber para onde vou.

Eu estou numa pausa. Mas o mundo não esta a minha espera. Por isso mesmo esta é uma pausa consciente e não escrita. Não quero romantizar a realidade. Não desta vez. 


Tanto barulho e tão pouca boa gente

30 setembro, 2013

É cada vez mais difícil encontrar a boa gente.
Mas haverá ainda alguém relevante para conhecer?
Será que tudo o que vier será o interminável pão seco?
Perguntas, perguntas, perguntas, perguntas.



Iasi

11 setembro, 2013

E aqui estou eu. Na puta da Romenia.
Outra vez a escrever em computadores que nao tem acentos nem c com cedilha. Outra vez a viajar.
E esta a fazer me muito bem.
Para tras ficou tudo o resto. Eu estou sempre a fugir.

Roses are red. Violets are blue. I'm still alone and so are you.

03 agosto, 2013

Olho para esta folha virtual em branco.
Olho para os meus dedos, para o teclado.
Está a tocar o Sol de Inverno da Simone de Oliveira.
E eu não consigo pensar em algo para dizer. Eu não consigo pensar em como escrever tudo aquilo que está a acontecer. Por fora, parece tudo igual. Vivo de saudade, como sempre. Tenho o meu trabalho, tenho as minhas bebedeiras. Tenho os meus amigos, tenho as minhas conversas.
Mas por dentro, por dentro, bem lá por dentro eu não me reconheço no espelho. Eu não aceito aquilo que me está a acontecer. Eu não consigo fazer nada porque não consigo aceitar. Eu não quero ser esta pessoa. Eu não ser a pessoa que tem voltar para casa dos pais por não ter dinheiro. Eu quero parar de me convencer que perdi o amor da minha vida. Eu quero parar de achar que não mereço amor nenhum e quero convencer-me disso, para que possa de facto sentir algo verdadeiro, algo que não se relacione apenas com as minhas fragilidades pessoais.
Foda-se.
Eu quero encontrar um caminho. Um caminho qualquer. Parece que estou em ponto morto há demasiado tempo. Eu estou farto de deixar os dias passar por mim sem mácula, sem paixão, sem entusiasmo.
Eu preciso de ir embora. Sim, ir embora outra vez. Sem data de regresso. Sem linha de segurança. Ou me espalho ao comprido e acabo morto num beco ou então ainda consigo fazer qualquer coisa.

"A ver vamos. A ver vamos, como diz o cego."

Aniversário

16 julho, 2013

A culpa não é das pessoas necessariamente. É das situações. Mas ainda assim, há um ano atrás eu passei um dia antes dos meus anos, no Optimus Alive. A ouvir The Cure. Quando a meia noite chegou estava sentado no chão do recinto. Tinha amigos comigo lá, conheci outras pessoas. No dia a seguir, fui para o Algarve jantar na praia, ter com a Joana ao bar. Tive uma vela cigarro.

Este ano a minha mãe esqueceu-se dos meus anos. Passei ambas as noites a trabalhar. Tive duas amigas a tentar organizar uma festa surpresa sem sucesso. No one really cares.

Não se pode ser criança para sempre.

AMORES IMAGINÁRIOS

11 julho, 2013

Há uma parte de mim que ainda é consideravelmente grande, que deseja ardentemente por estabilidade. Uma pessoa certa, um trabalho modesto certo, uma rotina. Há uma parte de mim que quer morar num apartamento pequenino e regar as flores da varanda. Viver uma vida sossegada.
Mas esse não é o meu caminho. Eu nasci para sofrer. Eu nasci para passar por todos os caminhos sinuosos, para assistir todos os dias à destruição de tudo aquilo que eu julguei amar. Eu sou aquele que tem sempre um problema novo para contar. E cheira-me que ainda vai ficar muito, muito, muito pior.
Hoje em dia, eu vejo aquilo que os outros vêm. Eu sei que as pessoas são finitas. Que se acabam, que morrem. Hoje eu sei que o amor não é para sempre e que não existem laços para a vida. As pessoas são páginas. Nem sequer são páginas de um livro bom, são páginas de uma revista que corre pelos dedos quase sem sentido nem atenção. Umas a seguir às outras, sem parar. E não há mal nenhum nisso. Os corpos nus que ficam por meu lado são todos iguais. Não interessa quem é. Não interessa quem sou. Eu uso, abuso, faço aquilo que quero e viro a página. Eu não acredito em ninguém. Eu não acredito nos bons sentimentos de ninguém. O amor é uma mentira.
Há cicatrizes. Há dores. Mas eu não me lembro de não ter cicatrizes ou de não ter dores por isso já nem isso interessa.
(Também há excepções. Quando o amor deixa de ser imaginário e se torna em amor puro. E o único amor puro que conheço é a amizade. Mas os amigos não preenchem tudo.)
Já não tenho sonhos. Larguei-os no vento, como naquele dia que deixei o meu balão fugir no mercado.
E assim cheguei aos 21 anos, com a certeza absoluta que o auge da vida já passou.

Só os filhos da puta é que têm sorte

18 junho, 2013

Ainda me lembro de dias de praia com o teu corpo quente encostado na minha alma.
Mas agora todas as coisas boas são cinza no meu cigarro.
Não acredito em ninguém. Nem em mim.
Só tenho fé nos cigarros, no trabalho e na crença de que não há mais para onde fugir. E mesmo que houvesse, eu também não ia.

O amor acontece...(Mentiras Pt. 2)

29 maio, 2013

Querido Diário,

A vida continua a surpreender. Ontem tinha um encontro na Eric Kayser. Ao fim da tarde, depois de saber a nota final de Ética (um humilde 15). Estava nervoso, cheio de expectativas. Tinha-me sido altamente recomendada a pessoa. Com os mesmos gostos que eu, a estudar Medicina (e com uma licenciatura em Literatura em Londres). Um verdadeiro sonho.
Fui com o coração nas mãos. Se não contarmos aquele episódio no fim-de-semana passado, há muito tempo que não estava com alguém.

Na Eric Keyser, já esperavam por mim (e eu tinha ido para lá meia hora mais cedo!) e foi inacreditável. Começámos a falar e não conseguimos parar. Falámos de tudo, de livros, de filmes, de Londres e de Milão, do Oscar Wilde, da televisão (uma das séries preferidas também era Everwood!), da Anne Frank, da Audrey Hepburn...! Duas horas depois continuávamos a conversar como se nada fosse e fomos à procura de um restaurante para jantar.

Acabámos em Santa Apolónia, num restaurante pequeno que eu conhecia. Estava vazio e ficámos lá dentro das 8 da noite às 11. Incrível. Ainda não percebi bem como é possível termos tanto em comum e como tudo se desenvolveu super naturalmente. Ainda bebemos café noutro sítio ao pé do LUX e enfim.

Foi mesmo mágico. Ainda me levou a casa de carro e demos um beijo de despedida.
Poderá haver alguma coisa melhor?

Mentiras Parte I

27 maio, 2013

Esquece tudo o que te disse no post anterior.
A vida é maravilhosa. No sábado peguei no carro e fui à minha festa de finalistas. Foi no 3D, um sítio em Alcântara. Foi um inferno para estacionar e no fim fiquei a dormir no carro 4 horas para não ser apanhado pela polícia. Curti com uma miúda da minha faculdade que também andava por lá, só que ela era bem mais pequena que eu e dizem as más línguas que estava de joelhos a beijá-la. Há fotos.
Entretanto o estágio no Público está a correr bem. No Domingo tive que ir ver o concerto do One Direction e tirar notas sobre o ambiente e não sei quê. Não deixaram foi tirar fotos e o fotógrafo que ia comigo ficou fodido. De qualquer forma eu sei que vai tudo acabar em breve, todos os dias o pessoal na redacção se queixa dos salários. Eu, como já tenho trabalho para o verão, nem me preocupo. Vai ser uma confusão andar para trás e para a frente, Lisboa-Algarve, mas eu não vivo sem a minha praia e sem o meu pessoal. 
Tem sido uma fase boa na minha vida. Anda tudo a correr super bem. Eu e a Joana andamos à procura de uma casa com dois quartos para irmos morar os três juntos (Eu, Ela e o César). O César anda a trabalhar no Colombo que nem um desgraçado mas ganha bem. A Joana trabalha como RP para o Lust, até já estou um bocado farto de tanta festa e de tanta garrafa na zona vip. O espaço é engraçado mas as figuras que aparecem por lá são um bocado pedantes. Ainda assim a Joana está a fazer dinheiro para caraças e até camarões andamos a comprar para o jantar! 
Temos o porco azul na estante quase cheio com moedas de dois euros. Queremos ver se juntamos dinheiro e fazemos qualquer coisa este verão. Tiramos todos os quantos dias do trabalho e vamos a Paris ter com uns couchsurfers que conhecemos. Espero bem que funcione!
Decidi há uns dias deixar de fumar e entrar no ginásio. Consegui entrar no ginásio...mas deixar de fumar está a ser mais complicado. Ando a viver bem!
Em setembro quero estar tudo novo em folha para a pós graduação na Nova em Jornalismo. Custa 3 mil euros, mas vale a pena e o meu pai está relativamente tranquilo lá na empresa. Tenho impressão que vão expandir para outro armazém e tudo!
Bolas, depois de tudo, as coisas resolveram-se mesmo. Até com a minha mãe! Começou a fazer medicação, anda mais calma e até arranjou namorado! O meu pai é o eterno galã divorciado...mas ele fica feliz com os livros dele e os vinis. É bom respirar.

The priceless opportunity of Life

Adoro. Adoro aquelas imagens no facebook, no tumblr, nos outdoors pela cidade inteira: "A vida é bonita", "Abre a tua felicidade". Realmente, porquê é que estou stressado com o meu trabalho, com a minha vida, com os sapatos que não tenho, com as festas a que não posso ir? Porque é que faço dieta e não como uma sobremesa há sete anos quando a vida é tão bonita e é tudo tão mágico e só existe o hoje? #yolo
Vivemos rodeados destes slogans, destas regras do "pensamento positivo", de esta mania de andar atrás sempre do sorriso, do momento perfeito e da comida perfeita para meter na merda do Instagram. Obcecamos com a ideia do bonito. O amor bonito, o gesto bonito, o muffin com corações e laços. Vamos ao IKEA para nos organizarmos melhor, para vivermos melhor e acabamos rodeados destes cartazes XXL que impõe regras da felicidade.
ESPAÇO.
ORGANIZAR.
UTILIDADE.
DECORAÇÃO
TEMPO.
Perdemos tempo preocupados em ganhar tempo. Usamos o smarthphone para agendar tudo para ganhar tempo. Ligamos aos amigos e falamos de 6 em 6 meses, falando sempre dum suposto café para acontecer, para ganhar tempo para as coisas importantes.

Vivo num mundo que me faz vomitar. A Disney faz-me vomitar. A Disney é a culpada. Se a formação na infância é a mais importante por favor não me façam ver 200 filmes de 2 horas todos com pessoas bonitas e finais perfeitos. Não me façam acreditar no amor, na amizade, na família. Não tentem convencer-me que as coisas são todas bonitas.

FODAM-SE.

Os meus problemas

22 maio, 2013

Querido mundo,
Não nasci com olhos claros e uma predisposição genética para ser barbudo. Não sou inteligente nem tenho talentos escondidos. Sou um inútil. Não sirvo para trabalhar, não sou um bom amigo...acabo por destruir tudo à minha volta.
Sou um condenado. Sou um triste. Sou um vagabundo.
Podes parar de me destruir? Já levaste tudo o que podias levar. Já sou só memória de quem nunca fui.
Deixa me em paz, mundo filho da puta.

A Pirâmide de Maslow

20 maio, 2013

A Pirâmide de Maslow estabelece a cadeia de necessidades humanas.
Na base, estão as necessidades básicas: higiene, comida, oxigénio, água.
Em segundo lugar estão as necessidades de segurança: corpo, emprego, a família e saúde.
Depois estão as necessidades de amor/sentimento de pertença: amizade, amor e e intimidade sexual.
Em quarto lugar figuram as necessidades de estima: auto-estima, confiança, sucesso, respeito de e por outrem.
No topo da pirâmide estão as necessidades de "self actualization": moralidade, criatividade, resolução de problemas e aceitação dos factos.

Onde está a minha pirâmide de Maslow? Onde está o meu equilíbrio?

Como é que se chega a este ponto na vida? Como é que se chega a ataques de pânico?
Como é que se chega à possibilidade de ter que tomar medicação?
Eu não sei viver. 

I dont know if you will

01 maio, 2013

"até tu te convenceres que nada vai acontecer, até tu conseguires acreditar nisso, vais estar sempre. preso. precisas de avançar."

Mas porquê é que eu nunca tenho sorte com nada?
Porque é que o amor é uma merda? 
Foda se. Vou morrer sozinho. 

Dinheiro

20 abril, 2013

O meu pai dizia sempre que o cinema era demasido caro. Os bilhetes, mais as pipocas, mais o jantar. Sem falar da gasolina.
O meu pai nunca usou nenhum dos presentes que lhe dei. Nunca leu nenhum dos livros que lhe ofereci.

Pensamentos que respondem as minhas angústias.

Não precisa ser perfeito

14 abril, 2013

"Sabes Ana, é que é um amor de há tanto tempo...já aconteceu tanta coisa. Eu não consigo pensar  mais ninguém"

"Mas vai te divertir na mesma. Não precisa de ser perfeito para ser para ser bom."

Os sonhos voltaram. Sempre iguais. Finalmente sou amado de volta, finalmente podemos nos consumir sem barreiras. E nessa altura tenho um feeling melhor do que qualquer droga que experimentei.

Este amor ainda me vai matar.

Algarve - Março 2013

29 março, 2013


Vou viver 
até quando eu não sei 
que me importa o que serei 
quero é viver

O lixo foi fora, as dores curaram-se, os sorrisos voltaram a encontrar-se. Vir ao Algarve é sempre tão difícil...e desta vez valeu a pena. E começa agora outra fase.


Dois meses.

16 março, 2013

A noite deixa-me infeliz.

O Carnaval passou.

25 fevereiro, 2013

A nova casa está completamente desarrumada agora. Pó, loiça por lavar, beatas e cinza são a mesma matéria que o chão. E ainda assim, ainda com o queijo fora do frigorífico há uma sensação de paz e de bem estar muito grande.

Cemitério

12 fevereiro, 2013

Um dia conto-te como foi morar ao pé do cemitério. Desde os dias felizes de sol aos mais  negros de inverno. Um dia conto-te o que era acordar com o frio a irromper das janelas, com os latidos selvagens de uma cadela resgatada, com o mau humor de um casal estranho. Vou falar-te sobre os fins-de-semana sagrados, quando eles se iam embora. E dos Domingos À noite de medo, de pânico, quando eles voltavam. Um dia explico-te que eles não eram vilões, nem sequer más pessoas por inteiro. Mas eram humanos e aproveitaram-se de mim, da minha pouca resistência. Um dia conto-te como morar ao pé do cemitério quase me matou.

Mas agora vou dormir e esperar que esta noite seja a última.

Derrota

07 fevereiro, 2013

Os olhos húmidos de não poder chorar. O olhar ausente mas a piada na língua. Claro que está tudo bem, sou eu. Eu não me importo com nada, eu sou um filho do destino e do vento, eu vou onde os meus sapatos apertados me levam.
E sim, tenho dores nos pés, chicoteiam-me as gostas, este sabor amargo de derrota invade-me os sentidos, cega-me, destrói-me. Sou um palacete destruído. Sou um cinzeiro da noite de copos que aconteceu.
Está tudo bem, digo eu. Eu não preciso de apoio. Eu não preciso de chorar, não preciso de estar desiludido à frente de toda a gente.
Isto afinal nem era o meu estilo, o meu estilo único que ninguém percebe em tempo útil. Afinal, eu sou desatento, eu não me foco, eu sou nervoso.
Vamos lá comer um hambúrguer, vamos lá fingir que as piadas são todas super engraçadas e vamos estar lá para aplaudir os nossos amigos de pé. Não se estragam as vitórias dos outros.
 (...)
Espera-se pela chegada a casa. Espera-se por chegar a casa e sentir tudo. Espera-se pelo pânico sem grande alarido. Espera-se que ele chegue e que ele nos abrace. O que é afinal mais um pontapé? O que é afinal mais uma chamada: "Olha pai, não entrei". É como chumbar na carta de condução.
Depois junta-se a solidão e é uma festa. Aparecem os penetras do costume. O frio, as lágrimas, as músicas de Lana del Rey como um hipster apaixonado, a dor na alma. E todos reunidos no meu quarto, a fumar e a beber e a ruína está completa.
Já não precisa de se esconder nada. Falhanço atrás de falhanço  O que eu estava à espera de qualquer forma? O inverno é demasiado longo. A vida é demasiado comprida e tudo se apaga. Nunca ninguém está preparado para a escuridão.

Moleskine

03 fevereiro, 2013

No dia em que me roubaram a carteira, roubaram também a minha vontade de escrever aqui. Nesse dia comprei um moleskine que é um amigo mais sedutor do que este blogue. Agora, por entre as vivências e os autocarros, escrevo com a minha caneta de tinta permanente como se tivesse certeza de alguma coisa. Como se soubesse alguma verdade.
Não sei nada. E não saber nada não é saber tudo. Não saber nada é ser infeliz.


Outra vez

17 janeiro, 2013

Assaltado.
E dói como se tivessem morto.
Talvez tenham mesmo. Talvez já estivesse.
Para o caralho com a vida.

Lisboa 2013

13 janeiro, 2013


Chegar a Lisboa, depois de tanto tempo afastado dá nisto. É o castigo de me ter afastado, quando chega os acontecimentos estão todos empilhados. Uma despedida duma amiga, o aniversário de outra, momentos importantes. Não gosto de perder o passar da história.
Duas saídas até aos inícios do dia, carregadas de álcool, tabaco, sorrisos, música, livros, pessoas novas e encontros novos. Fez-me lembrar que um sítio nunca está esgotado de possibilidades.
Este ano não está a começar mal.

Toda a gente tem sarampo.

08 janeiro, 2013

Hoje tive um pensamento. Os génios da nossa geração já estão escolhidos. Os escritores, os actores, os artistas, as próximas socialites, os políticos, os músicos.
E eu aqui. Não criei nada antes de ter 20 anos. Não alcancei nada antes dos 20 anos...e o tempo continua e nada de novo surge.

Espero que haja sempre espaço na loucura.

Uma lição esquecida

03 janeiro, 2013

Nas dores do coração, às vezes pensar com lógica ajuda.
Eu, louco, sempre louco, sempre nas loucuras, sempre desvairado, sempre a pairar. Mas é possível fazer alguma coisa. É sempre possível.
E eu vou fazer.

364 dias para o ano acabar

01 janeiro, 2013

Por esta altura estou habituado a estes registos de vivência. Estes momentos de aniquilação interior, estes monstros agarrados que não desaparecem. O cansaço domina a minha mente, o meu coração. O meu espírito, seco com uma mata depois de um incêndio, vai sobrevivendo a pão e a água. Que veneno este que é viver. Que cruz é esta tão carregada que nunca para de pesar?
Ando há meses assim. Sem poder estar sozinho, sem poder estar com os meus pensamentos, os meus pensamentos cercam-me...e as vozes são intoleráveis. As vozes não vêm de lado nenhum, não sou, até agora, um doente mental. As vozes são as responsabilidades, as expectativas, coisas minhas e dos outros que não consigo aguentar.
Eu não sei como vou sobreviver a este ano. E isso é a mais pura das verdades. Eu não sei como vou resolver metade dos problemas que me meti, não sei como vou escapar desta sepultura que tão habilmente cavei para mim mesmo.
O pior é não poder contar comigo mesmo. O instinto de sobrevivência morreu em mim. Sou uma alma penada neste mundo.
Até quando?