Desejos para 2013

31 dezembro, 2012

Sobreviver.

O último ano

28 dezembro, 2012

2012 foi um dos anos mais memoráveis da minha vida. Se não o mais memorável até agora, tanta coisa que fiz, tantos caminhos que percorri, tantos encontros e desencontros.
E agora tudo fica para trás à espera de outros desafios.
Buckle up, it's going to be a bumby night.

People are strange when you're a stranger

21 dezembro, 2012

A vida era mais fácil no ontem. E isto não é a magia do passado, não é saudosismo exacerbado, não é melancolia. É um facto. Houve uma altura em que a vida tinha para oferecer um futuro, um futuro com objectivos, com sonhos, com ideais e ideias. 
Agora com 20 anos, o futuro já não está lá. Estou cada mais perto daquilo que esperava ser quando era criança. Uso o casaco aos ombros, tal e qual como penso que os cavalheiros de outras épocas usavam os seus. 
Mas não sou mais feliz. Estou em Comunicação, sou uma pessoa cheia de potencial. Mas não sou mais feliz. Agora que o caminho da faculdade não é um sonho, não é um ilusão, que futuro?

Sou uma escadaria humana de sentimentos. É tão fácil, mas tão fácil ir descendo, ir passando os degraus, a correr como se a vida dependesse disso. E o meu espírito parte-se, a minha alma dói de não ser mais do que um farrapo outrora bonita. 

Se calhar, o motivo pelo qual falo tanto da morte é porque já morri dentro de mim e surge a intuição do caminho mais correcto. O corpo fazer-se igual ao espírito. As duas peças a juntarem-se. A derrota do Rei.

Eu sei quais são os meus problemas. Não sou uma pessoa insegura, sou uma pessoa complicada. Os inseguros podem adquirir confiança. Os complicados raramente conseguem ver para além do seu próprio nariz. Raramente vêm o mundo por aquilo que ele é: um grande nada.

Tudo isto é nada. Tudo isto é uma razão sem origem. Vivemos para nada. Surgimos porque aconteceu. Não há nada aí fora. Os mitos, os imaginários, esses, esses são os culpados de tudo.

Eu sou nada.

Presente de Natal

16 dezembro, 2012

Via facebook: O que é o Natal?

Este ano, tal como tem acontecido nos últimos, não sinto a menor ansiedade pelo Natal. Pelas férias, talvez. Mas não por essa quadra festiva de tanta  fama, com um homem gordo de barrete que dá colo a crianças. Lembro-me de aprender que o Natal é quando juntamos a nossa família, aqueles que realmente amamos e aqueles que nos fazem falta. Aqueles especiais, aquele sentimento de união douradora que sobrevive a quase tudo.
Então, se de facto for isso o Natal, o dia 25 de Dezembro é, desculpem o termo, merda. Não é no dia vinte e cinco que se percebem esses laços. E, pelo menos comigo, não são as pessoas que mais amo que se sentam comigo numa mesa e que comem a mesma comida que eu. De todo.
E honestamente enoja-me este sentimento que acontece nesta altura: Consumir because I care. Dar-te algo porque hoje, hoje especificamente é Natal e temos que nos lembrar uns dos outros.
Merda, Bosta, Trampa, tudo trampa.

Para mim o Natal é um jantar com amigos. É sair de noite e chegar às seis da manhã, é estar num concerto com o pessoal da associação. O Natal é receber um bilhete no meio da aula que diz "Vamos almoçar ao modelo?". Isso é puro, isso é verdadeiro, isso é natural.

O resto... o resto é brilho de flash, momentâneo, artificial e indubitavelmente inútil.

Domingo de Sol

09 dezembro, 2012

Acordar com o sol a entrar pelas janelas como uma bomba. Descer as escadas. Tudo dorme, as roupas do dia anterior, o cinzeiro cheio de beatas, até o pó dorme. O tapete está torto. As almofadas do sofá estão desalinhadas.Ninguém se interessa.
Aninhar no sofá, os dois corpos num sofá tão pequeno. O calor humano, o sol a entrar pela janela. O toque humano. O sol a queimar a vista.
Dedos grossos que passam pelo meu cabelo com suavidade, desejo, vontade, a preocupação lá longe, bem longe com todas as merdas do mundo fora. 
Voltar para dormir no quarto, o quarto, sempre o quarto, mal arrumado, a cheirar a Lucky Strikes de Mentol, as molduras com sorrisos eternos, o espelho a revelar tudo, tudo tão cru, tudo tão bonito. Uma almofada para dois, ninguém se interessa. Pernas em todo o lado, ninguém se interessa.
(...)
O sol vai rebentando cada vez menos. A luz é mínima mas ainda consigo desenhar os teus olhos. Os teus olhos. Juntos. 
Tão juntos. Ninguém liga a luz.
Ninguém liga a luz antes do beijo, ninguém liga a luz antes de ir para o banho. Um banho no escuro, mas toda uma luz dentro de nós.
Domingos de Sol. Às vezes, o melhor é ficar em casa.