A longa nova vida do Diary of the kid next door.

16 outubro, 2010

Ois.

Sim, já passou algum tempinho, e se dantes era puramente a rotina que me afastava daqui, hoje é mesmo falta de tempo para equilibrar todas as coisas que têm acontecido ultimamente. Lisboa tem sido bom, tem sido óptimo. Descubro esta nova e estranha faceta em mim, um Ephram que tem liberdade de sair, de ir ter com os amigos, de fazer noitadas...E lisboa tem muitas noitadas.


É incrível. Parece que sempre ambicionei por isto, esta coisa de ser livre, de poder voar (quase quase voar) e de sentir tudo à flor da pele. É tão libertador, tão entusiasmante...quase que tenho medo de cegar e tornar-me numa daquelas pessoas que sempre odiei.

Chegar a Lisboa foi também quase que mudar de ideais, conhecer novas regras de moralidade, bom-comportamento, bom-senso responsabilidade. Conhecer pessoas novas, caras novas, personalidades novas com muito para dar.

Tem sido absolutamente assustador tal como tinha sido todas as outras grandes mudanças, mas há qualquer coisa de diferente. Estou diferente. Estou preparado e arrumado de uma maneira diferente.

Sonhos? Continuo a ter alguns no bolso, a fazer alguns planos a tentar organizar-me...mas quase nunca vale a pena.
A vida arranja uma maneira de desfazer planos e sonhos e até mesmo amizades.

Outra coisa de Lisboa completamente nova é que aqui sou quase bonito. Não sei se pela inúmera repetição de estilos e corpos que aqui se vê, se é simplesmente por estarmos mais velhos e um bocadinho mais maduros, mas aqui por algum motivo, não sou tão obeso, tão adolescente, tão borbulhento. Sou quase bonito. Sou mesmo. Tenho um cabelo fixe, visto-me normalmente, sem exagerar e consigo sei lá, destacar-me e andar na multidão ao mesmo tempo.

Quando paro e penso em tudo o que tenho aqui...é mesmo profundo.
Que loucuras, meu deus. Que loucuras.

E se no meio de tudo isto, há muita coisa boa...tenho medo de me perder por uma rua escura do Bairro Alto. Tenho medo de me tornar um fumador viciado, um bebado sem vergonha, um drogado da pior espécie. Tenho medo de perder objectivos, tirar más notas, perder estatuto.

Porque enquanto eu estou aqui a ser o novo Jovem Príncipe de Lisboa, o meu pai ainda está onde sempre tem estado. No Algarve. A trabalhar para mim. Para me alimentar, vestir, para me manter bem...E devo-lhe tudo. A minha mãe também anda a por-se nos eixos. Quase. Já é qualquer coisa.

Têm sido dias bonitos...mas não me esqueço das minhas pessoas, de todo o pessoal que cuidou de mim antes de eu chegar aqui. Não sou como certos e outros que esqueceram de toda uma vida para trás. Sou fiel às minhas origens. Quase.

Enfim....

1 Comentários:

Anônimo disse...

Sim fiel às origens, aberto às novidades, a tantas loucuras... que sortudos sois! E mais uam ateraf especial olhar p'la nana!
Lya