Uma palavra chamada Costanza

12 abril, 2012

Hoje é o primeiro dia de aulas do último trimestre italiano e depois de brincar, chorar e perder os óculos é altura de jogar o corpo ao trabalho.
Depois de duas aulas muito interessantes (de apresentação e já vi que vai ser super trabalhoso) fui para a biblioteca consultar um dos livros que tenho que ler para uma das cadeiras. E, depois de mais ou menos de duas horas e meia a ler, a perceber, a queimar as pestanas, parei. Estava cansado e achei que era melhor parar  - cada frase me parecia mais difícil que a anterior - e ir comer qualquer coisa e sair da faculdade. Chego ao sítio dos pobres que têm fome (a sala subterrânea das máquinas de comida) e numa das máquinas está um sumo e uma sandes presos, já comprados.
Analisei o problema e decidi comprar um dos sumos na mesma prateleira onde estava aquele circo empoleirado para ver se o tombava. Sem grandes efeitos. Agora tinha dois sumos presos e uma sandes num menage pouco saudável.
Comecei a bater com as mãos na máquina. Não se mexiam. Procurei dar diferentes toques, algumas mudanças. Comecei com os joelhos. A sandes começou a andar e a virar. Continuei. Usei o corpo, já me doía tudo.
E a sandes e os sumos caíram me aos pés, finalmente.
Chega um homem ao pé de mim. Ar de Senhor Doutor de Faculdade. Fatinho. Sapato engraxado. Com um sorriso.
- Conseguiu?
- Sim.
- Muito bem. Acabou de me lembrar um texto muito filosófico que se quiser depois lhe mostro chamado "Costanza"
(Força moral de quem não se deixa abater; perseverança, persistência, força de ânimo).

(...)
Digam-me o que que disserem, e não sei se isto é uma teoria parva pseudo filosófica, mas todos os dias há alguém com uma mensagem para nós e nessa mensagem, uma aprendizagem. Talvez as pessoas se encontrem todas por um motivo.
Talvez agora finalmente (e Deus sabe que tremo só de escrever isto) consiga fazer qualquer coisa da vida. Costanza. Costanza. Costanza.






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