E depois de Veneza, os rios.

23 fevereiro, 2012

Os rios de lágrimas tomaram-me como refém. Sou prisioneiro duma depressão crónica, sou um doente mental. A vida passa por mim como facas no queijo, tenho cicatrizes na alma, o coração preto mal bate já. E quero escrever, escrever, escrever e não consigo. Nada do que digo ou faço faz algum sentido. Sou um homem perdido, sou um vagabundo, vivo a comer migalhas de algo que não existe.
O copo  que levo à boca é de cristal, mas o vinho que bebo é veneno. Por detrás de todos os meus sonhos, o inferno se intromete, o diabo manipula-me.
Será possível ser feliz? Será possível ser?
Será possível fazer sentido?
Perdido no sonho, encontrei o pesadelo. E ninguém me compreende, ninguém fala português. E nem eu falo já português. Sou memória viva de algo que já não respira. Sou uma sombra do que fui, a bem dizer...fui sempre sombra de mim mesmo. Fui sempre esta manta rota de aspirações.
Merda.
Só o fim me pode salvar agora.

2 Comentários:

Anônimo disse...

Who ever speaks your language in a Life?! No one, but it's good to have your own language at times. Something very special that no one can penetrate. So deep, so secret, so yours.

Anônimo disse...

olha sossega já...sim é possível ser feliz...és novo...escreve, gasta as palavras que conheces e as que ainda n foram inventadas. kisss
lya