PJC

23 fevereiro, 2011

Ontem tive uma memória. Um antigo colega, a primeira pessoa a quem me lembro ter chamado amigo. Pedro, um rapaz que sabe se lá porquê gostava de ser meu amigo quando todas as outras crianças meio que me ignoravam. Exceptuando daquela vez que eu vim do Brasil e ficou toda a gente louca comigo (the sweet flavour of fame).

De qualquer forma, foi um bom amigo. Tive com ele no meu primeiro infantário, no meu segundo infantário e depois no meu primeiro ano de escola. Foi ele o rapaz que me empurrou e que me fez ter uma cicatriz a la harry potter, foi ele que sem querer fez um corte com um tesoura no dedo da Filipa. Era meio azarado, coitado.
E quando vi o nome dele na lista do Dia da Defesa Nacional...bem, foi giro ter essas memórias todas ao de cima. Afinal é um dos meus amigos mais antigos! Consegui ver logo que ele tinha entrado numa faculdade em Portalegre (fui ao site das colocações ver) e depois descobri o Facebook e adicionei-o.

Estava muito diferente do que me lembrava. Não o reconheci pelas fotos, nem pelos amigos ou sequer pelos textos - tudo coisas que não conheço nem nunca conheci - mas pelo nome. Mas o tempo muda muitas coisas. Quando vi, rapidamente, o Facebook dele fiz logo o julgamento de um rapaz normal meio desinteressante.

E fiquei convencido que ele nem se ia lembrar de mim e pronto. End of story.
Mas não, milagre dos milagres ele também se lembrava de mim e mandou-me uma mensagem a perguntar se eu não tinha sido amigo dele. Disse que se lembrava do meu nome e da minha cara e ficámos ali a desvendar os caminhos tomados em onze anos de completa falta de contacto.

É giro este sentimento de encontrar pessoas assim, do passado e voltar a ter contacto com elas. Os encontros são furtuitos...mas podem acontecer muitas vezes. Ficou combinado um encontro, um café, qualquer coisa para manter o contacto. Foi bonito e é bom sentir que fiz um impacto na vida de alguém e que há gente que não se esquece de mim. Sabe bem.

Talvez daqui a outros 11 anos também encontre pessoas do agora e também sinta isto. Era bonito. Mas mais bonito do que isso era que as pessoas do agora ficassem as pessoas de sempre...mas isso não me cabe a mim decidir.

0 Comentários: