Depois deste curto período de tempo (ainda assim significativo) tinha-me esquecido de muitas coisas. Diga-se de passagem eu sou um perito a esquecer coisas. Só me lembro do bom, do estranho, do original. O mau apaga-se na mente, os detalhes perdem exactidão, as lições são escritas e tento decorá-las.
Mas, agora, voltando a casa há coisas que sabem ao mesmo. Há fotografias que ainda andam na minha carteira como maldições, como cruzes que carrego. Ainda há nomes que fazem o meu coração doer. Ainda há situações estranhas e potencialmente traumáticas como jantares de família de natal ou passagens de ano em casa.
Ainda há muita coisa do mesmo que volta do passado. Ainda amo quem prometi nunca amar, que jurei nunca ter amado. Ou pelo menos ainda ando tão embriagado nesse amor que ainda me destrói um bocadinho todos os dias.
Não sei se algum dia saberei amar uma só pessoa, e se esse amor será algum dia produtivo e não destrutivo. Se algum dia serei menos adolescente a lidar com a relação beleza & personalidade & possibilidade. Será que algum de nós chega realmente a esse estado de sabedoria em que se sabe dividir e por cada coisa no seu lugar? Ou será que é sempre fome e vontade de comer?
Espero realmente em 2012 não ter que escrever mais sobre desilusões e dúvidas sobre o amor. Vou acabando com as palavras, vou cansando a alma e vou-me matando sempre que isso acontece.
Não sei, Não sei, Não sei.
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