Uma longa série de desgraças

23 janeiro, 2012

Chegar, ter que outra vez meter as coisas em ordem, meter o coração em ordem já seria suficientemente desafiante não?
Aparentemente, não. Foi chegar, ter que enfrentar problemas com uma amiga, a perda da minha carteira, o absoluto e completo desinteresse nas aulas que tenho aqui e a sensação de estar sozinho, muito sozinho. Porque por um lado foi mau estar tanto tempo em Portugal. Foi demasiado tempo. Foi demasiada coisa e em a nenhum momento pensei: "Quero voltar desesperadamente para Milão".
A verdade é que bem ao contrário do que acontecia quando vinha de Lisboa (ou quando chegava a Lisboa em alguns fins de semana) a vontade de querer estar sempre exactamente do sítio que tinha voltado não aconteceu.
Mas enfim. Dei-me a mim próprio uns dias para recuperar e levantar a cabeça. Só alguns dias para estar deprimido, não fazer nada, não ver nada. Estar acordado toda a noite e dormir todo o dia (tão agressivamente que nem vi o sol). Ser um vampiro, ver se exorcisava os fantasmas.
Esperemos que tenham sido só resquícios de primeira semana. Sou super sensível para as pequenas coisas, os pequenos detalhes. Para a vidinha em sociedade.
Demasiado angustiado.

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