A minha mãe bem o diz sobre mim

29 julho, 2010

E sou mesmo.
Sou um desalinho da ponta do pé ao fio de cabelo.
Vim do Porto feliz,...mas não feliz por dentro, vim feliz por ter passado bons momentos, feliz por ter conhecido adolescentes simpáticos.
Mas estou podre por dentro. Podre por estar a tomar decisões das quais nao estou seguro, podre por estar a atrofiar com a Carla e ela nao ter culpa nenhum, podre por me sentir sozinho, patético, abandonado, jogado num canto da sala. Podre por me sentir sujo, ignorante...Sou quem sempre fui. Continuo a cair no rio da ilusão e a morrer afogado. Até quando aguentarás pobre coração? Até quando baterás? Até quando estarás aqui?

Parece-me cada vez mais provavel morrer. Morrer assim de repente, assim como quem nao quer a coisa. Um acidente, um AVC, um aneurisma...Não desejo morrer. Não. Mas sinto-me morto. Sinto-me só.

Sempre e irremediavelmente só.

E quero me habituar, quero me sentir bem com isso, quero me adaptar a solidão e não consigo. Fantasio constantemente com tudo e nada e foi esse o problema. Sou um otário.

invejoso, egoísta, mal-criado, rude, porco,...

E digo que estou no topo do mundo para todos os outros.
E estou mesmo. Isto é só a gozar.
Isto é só um texto.
Ou não.
Nunca saberão...(nem mesmo eu)

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